Nascido em Tietê, Mozart Camargo Guarnieri foi maestro, compositor, pianista e professor de música, sendo considerado um dos principais nomes do cenário erudito brasileiro ao lado de nomes como Villa-Lobos e Mignone.
Filho de músicos, iniciou seus estudos ainda aos 10 anos de idade, tendo aos 13 concluído sua primeira composição “Sonho de Artista”.
Na década de 1920, mudou-se para São Paulo, trabalhando como pianista em cinemas e casas de show.
Na época, Camargo aprofundou-se no estudo de harmonia, orquestração, contraponto e composição com professores renomados da capital.
Em 1931, sua primeira composição sinfônica, “Curuçá”, estreia sob regência de Villa-Lobos. Em 1936, a convite de Mário de Andrade, torna-se regente do Coral Paulistano e da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Posteriormente, realizou um intercâmbio em Paris, onde aprofundou seus estudos.
Em 1945 Camargo finaliza sua “Sinfonia n° 1” composição de maior peso que foi promovida em território nacional, consolidando seu nome. Com o início da década de 1950, Camargo torna-se referência na escola de composição, formando centenas de alunos, muitos aos quais concedeu bolsas integrais em reconhecimento do talento e aptidão.
Entre 1956 e 1961, assume o cargo de Assessor Artístico-musical do Ministério da Cultura do Governo de Juscelino Kubitschek. Em 1975, fundou a Orquestra Sinfônica da USP, atuando como regente por duas décadas e permanecendo como diretor até o fim de sua vida em 1993.
Mozart Camargo Guarnieri é reconhecido por diversos estudiosos da música como o maior nome da música erudita e de câmara no Brasil, superando até mesmo Villa-Lobos. Seu estilo foi marcado pelo nacionalismo e pela influência vinda do modernismo, incorporando elementos folclóricos e de extrema brasilidade em suas mais de 700 obras, sem cruzar os limites da erudição.